terça-feira, 6 de maio de 2014

Convite a viver em movimento.

            Desde 2006 o VIGITEL - VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO, fornece dados de estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2008 as doenças crônicas não transmissíveis foram responsáveis por 63% das 36 milhões de mortes ocorridas no mundo. No Brasil é ainda pior, foram 72% do total. 
            Hábitos considerados fatores de riscos, estão com valores elevados como o tabagismo (11,3% da população), consumo abusivo de bebidas alcólicas (16,4%) e principalmente prática de atividade física insuficiente (49,4%) e inatividade física (16,2%). A OMS estima que cerca de 2 milhões de mortes são causadas pela inatividade física no mundo.
            Menos comentados são os prejuízos econômicos aos nossos bolsos e também aos cofres públicos (que não deixa de ser dinheiro nosso). Estudo realizado no Canadá demonstra que em 1999 foram gastos cerca de 2 bilhões de dólares em saúde atribuídos somente a inatividade física. A pesquisa indica que a redução de 10% da inatividade física teria o potencial de reduzir gastos diretos com a saúde em 150 milhões de dólares por ano. Dados indicam que nos EUA pessoas ativas tem menor gasto médico do que pessoas inativas e seria possível economizar 75 milhões de dólares só no ano de 2000 se todos inativos passassem a ser fisicamente ativos.
            Mais conhecidos e evidenciados são os benefícios da atividade física com relação as doenças crônicas. Estudo com norte-americanos indicam que mesmo um pequeno aumento no nível de atividade física pode evitar de 30 a 35 mil mortes por ano.
            Diversos estudos foram e estão sendo realizados comprovando os benefícios e redução de riscos com relação a doenças como: Hipertensão arterial, AVC, diabetes, osteoporose, diversos tipos de câncer, obesidade, depressão, até mesmo melhora do sono e estresse problemas comuns na vida de muitos hoje em dia.
            Mas mesmo com todos incontáveis benefícios de ser ativo você ainda tem dúvidas não? Claro, pois você se pergunta se realmente vale a pena, porque apesar de ganhos a atividade física traz consigo esforço. Não exponho dados aqui mesmo que cientificamente comprovados, no intuito de tomar como uma obviedade que qualquer um que leia se convença e se torne ativo, porque sei que não é, mas, apresento-lhes uma reflexão.
            Todos mesmo que sem perceber, tomamos decisões valorando as possibilidades, ou seja, pra escolher entre uma ação ou outras possíveis você se pergunta qual vale mais. Decidido então, você fica com a opção escolhida e “joga fora” todas outras existentes. E sobre este pensamento gostaría que você analisasse comigo. Ninguém que eu conheça escolhe ser inativo porque acha que é legal estar mais propenso a diversas doenças, correr menos do que gostaría naquele futebol de fim de semana ou se olhar no espelho e saber que mesmo feliz, não cairia mal uns kilinhos a menos ou um pouco de músculo a mais não? Prova disso é que se fossem oferecidas de graça e sem esforço nenhum melhoras neste sentido, ninguém exitaria em aceitar. As pessoas aceitam essas condições por julgar que qualquer benefício proveniente da atividade física não vale mais do que os motivos que os levam a inatividade, como, descanso, assistir tv, beber no bar com amigos, trabalho, estudo, comer, dormir.
            Mas gostaría de ter a oportunidade de mostrar as opções, não para te convencer e oferecer a satisfação garantida em um treininho na academia ou no parque, mas que você por sua decisão, julgue sobre o que vale mais a pena. Procuro fornecer o aporte necessário para que possa decidir se realmente voce decide por pensar no valor das opções ou por comodidade e falta de informação.

            Espero que reflita sobre os benefícios de cada escolha, pois, elas formarão boa parte de seu caminho, e não "jogue fora" o que tenderá a causar arrependimento, e digo isso tanto pela escolha da atividade ou inatividade física. Obrigado por gastar um pouco de tempo lendo isto, e se faço o que faço em suma é porque gosto e me alegra, e normalmente é o que vale mais pra mim. Grande abraço! 

domingo, 27 de abril de 2014

Viva em Movimento

          Como profissional da área de Educação Física, sempre desejei transmitir informações para um grande número de pessoas, num primeiro momento vem o pensamento de virar professor e lecionar em escolas, universidades, cursos, até mesmo por estar mais próximo dos nossos próprios professores quando ainda estamos na formação básica ou graduação.

Sempre ví os professores como detentores de um poder que poucas pessoas possuem. Não sei o entendimento de vocês quanto a palavra poder, creio que os conceitos empíricos que vigoram seriam o de poder aquisitivo, como monetário e bens materiais;  mandatário, como o chefe de uma empresa ou alto cargo do governo; ou até mesmo o poder pela força, pela capacidade de opressão e coação. Mas, o conceito sobre poder aqui é outro, e este dá conta de uma pergunta: até onde você tem a capacidade de mover suas ações em busca dos resultados que você deseja? Exemplos elucidarão as idéias. Supondo que você tenha um chefe hoje, caso da maioria, até onde você define o que deve fazer no seu trabalho e no que estas tuas ações vão resultar? Eu respondo pela maioria, você faz o que for possível pra que o resultado seja o ganho monetário do seu chefe. Você pode não ter pensado nisso, mas, poder também implica nisso, até onde você pode definir o que faz, para buscar os resultados que você deseja, se no teu trabalho você tem a chance de ao menos levantar a mão e opinar sobre suas ações e sobre os resultados, considere-se menos explorado, mas, não é o caso da maioria posso garantir.

E tudo isso pra chegar no ponto principal do assunto, o professor é detentor de um poder extraordinário, ele não só pode definir suas ações, como seus métodos na hora de lecionar, sua entonação de voz, expressões, bordões, interatividade, exemplos, como também tem a chance de auxiliar na definição do resultado de seus alunos, e olha que ele nem é chefe, muito pelo contrário, sendo do Estado ou Prefeitura, como muitos outros cidadãos o professor odeia seu chefe.

Principalmente na área de atuação da Educação física o professor pode ajudar a definir o resultado a longo prazo dos seus alunos, e não só na área de trabalho, mas também nos seus momentos fora dele, seja por lazer, saúde, desempenho. Não preciso dizer que isto pode trazer benefícios a vida de todos, e também não preciso dizer que está decadente o conceito que se tem sobre este professor. Até concordo que o professor de educação física também de certa forma é uma vítima de um sistema falho, mas, creio que se optamos por isso, obrigação nossa é fazer o melhor com o que se tem.

E assim, através deste meio até certo ponto democrático e abrangente, buscarei trazer a quem queira o pouco porém fiel e embasado conteúdo por mim conhecido, de forma simplificada e clara, mas sempre com o aporte científico necessário para trazer um conteúdo de qualidade e sólido aos que desejam a busca do conhecimento da atividade física seja para saúde, lazer, estética, rendimento e os demais temas que venham abranger a Educação Física.             
  
Não venho através deste blog, oferecer fórmulas de “5 maneiras de obter sucesso na vida” ou ainda do jargão da área, “qualidade de vida”. Esse termo hoje, tem se propagado como alguns passos que você realiza e que garantem a felicidade independente de quem seja. Pode ser que desagrade alguns profissionais da área, mas, pensem um pouco, qualidade de vida não é o mesmo que vida de qualidade, isso ninguém decide por você, apenas espero disponibilizar aqui, alguns requisitos para ajudar as pessoas a buscarem o maior objetivo de todos, estar feliz. E que também possam me ajudar, lendo, perguntando e criticando respeitando a relação estabelecida por nós.

Desde já meu agradecimento a todos que aqui passarem e o desejo de que posso ter ajudado, um grande abraço.